sexta-feira, 30 de abril de 2010

Contribuição 5!

Só de Sacanagem

Por Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!



Obs.: Tão decepcionada com algumas coisas que sequer consigo descrever, mas o texto acima representa um pouco do sentimento atual.

Obs.1: Além de o texto transmitir uma mensagem incrível, lembra meus amigos Alan Pablo e Ramon, que me apresentaram ao texto.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pensando Universidade!



Nos últimos dias 19 e 20, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), vivenciou pela primeira vez uma eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) com mais de uma chapa, e eu não poderia deixar de comentar sobre este processo que mudou o ritmo de minha vida e da universidade.



Debate de ideias, discussões, defesas, questionamentos, viraram rotina numa universidade que parecia ter a política adormecida em seu cotidiano. Entretanto pelas inúmeras peculiaridades que esta instituição possui, qualquer avaliação mais ampla é considerada difícil.

A história da Universidade ainda parece presente, pois os estudantes que estão nos bancos acadêmicos participam da construção de um projeto de universidade que já se mostra bastante avançado.
O voto paritário nas eleições de reitor, o enem como ingresso ao ensino superior, a reserva de vagas para os estudantes oriundos de escolas públicas, o reuni que ampliou o número de vagas e campus da universidade, etc.
Estas características demonstram um caráter inovador no que tange à construção de uma instituição de ensino superior que se preocupa em adequar-se à sua realidade local sem esquecer as linhas gerais de responsabilidade de uma universidade federal.
Além disto a própria construção desta já demosntra os ares de inovação contidos aí. É a única universidade federal inserida em três estados (Bahia, Pernambuco e Piauí), concretiza a perspectiva de interiorização da universidade, já que nos três estados se encontra fora dos grandes centros e já mostra-se referência na educação de qualidade e na construção da mudança da realidade local.

O que o DCE tem haver com isso? TUDO!
É extremamente importante a participação do corpo discente na consolidação da universidade que queremos, pois reconhecemos seus avanços, mas sabemos que não é o suficiente.
A universidade precisa ter um plano de assistência estudantil que contemple sua função de permitir o acesso e permanência dos estudantes da região na universidade, perpassando pela construção de Restaurantes Universitários e Residências Universitárias.
Precisa se preocupar com o futuro profissional dos estudantes, com mais aulas práticas e com o encaminhamento destes para o mercado de trabalho.
Precisa discutir juntamente com os municípios o transporte público que deve contemplar o acesso diário do estudante à universidade.
Precisa dialogar e de fato representar os estudantes de todos os campus, respeitando suas particularidades, mas entendendo que todos formam a universidade e devem pautar seu crescimento constante.
Precisa inserir a pesquisa e a extensão na formação do discente.

Enfim, muitos são os desafios, e o saldo positivo que a eleição deixa é de que temos agora muitos desafiados. O corpo estudantil quer ajudar a consolidar a nossa universidade e sente-se peça fundamental neste processo.
Parabéns a chapa eleita e a minha camarada e amiga
Deisi que dará o direcionamento a esta gestão que tem tudo pra dar certo!

Obs.: Foto do campus de Juazeiro-BA, pra puxar a sardinha pro meu campus! =)

domingo, 25 de abril de 2010

Figurinha repetida não completa álbum?



Bom, acho que todos sabem, ou percebem meu encantamento por ditados populares. Não é mesmo? Pois bem, gosto mesmo!
Cada vez que paro para analisá-los, fico surpresa com a capacidade popular de explicar de forma simples e sútil acontecimentos, situações cotidianas e sentimentos.

A bola da vez é o ditado que diz:

"Figurinha repetida não completa álbum."

Este faz referência aos relacionamentos acabados e seus personagens, ou seja, se existiu algo entre você e outra pessoa e não certo, vocês não devem mais tentar.

Embora eu seja decidida e ache que precisamos mesmo saber o que queremos e como queremos, acho que discordo pela primeira vez de um ditado popular... por que? Vamos lá!

Sobre os amores imperfeitos e mal resolvidos...

Foram os que deixaram marcas, aprendizados e reflexões. Os bem resolvidos são sem graça, deixam apenas uma lembrança que pode ser narrada com início, meio e fim.
Os imperfeitos ensinaram que o perfeito não existe. O que existe (ou o que deve existir) sempre é o exercício da troca, do mistério, da descoberta e da tolerância.
Os mal resolvidos são assim porque toda história com fim, tem final feliz, mas com o fim de um relacionamento, não chega o fim da vida, portanto os imperfeitos constróem a busca incessante pela felicidade, sem querer, querendo, o fim.

Se as histórias mal resolvidas são inacabadas, dão emoção e nos fazem crescer, por que então este determinismo todo em não permitir seu desfecho?
Talves nem seja tudo isso, mas a dúvida nos faz criar expectativas e verdades absolutas que satisfaçam nossos desejos.
Ah, não quero dar entender que o certo é deixar esta ou aquela pessoa em "Banho Maria", esperando a hora de nos satisfazer, afinal, não acho legal tratar as pessoas como se fossem nossos filhos com castigos e lições de moral. Não existe ensinamento maior que o da vida e do tempo, e embora isto seja um clichêzão, é a mais pura verdade.

Se o álbum completo significa o fim, o bom mesmo é repetir figurinha.


Obs.: Desculpe a falta de conexão entre as ideias, a correria está me impossibilitando de organizá-las.

Obs.1: É o fim da lista negra? hehehehe... Também não sei!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A vida sempre volta ao normal?

É... quase um mês sem postar, o por quê?
Acho que a maioria de vcs pode imaginar a resposta que é simples... A correria!
Volta as aulas, eleição do DCE, Militância a mil por hora, problemas de saúde na família e no fim disso tudo... A ENTROPIA!
Sim, a desordem do sistema... Sensação de dever cumprido em algumas demandas e sensação de impotência em outras.
Desilusão com pessoas, com atitudes, com momentos, com algumas relações e até mesmo com a vida!
Mas aquela história que contei aqui outro dia, não é balela, creio sim que TUDO VAI DAR CERTO!
Ficam as vezes a dor, a exaustão, a decepção, mas acima de tudo a FORÇA que não nos permite fraquejar ou desistir.
A vc que imaginou que com ofensas, agressões, mentiras e pensamentos negativos poderia vencer uma força que se amplia a cada dia, fica a lição de que não é assim que as coisas se constróem.
Para mim, a certeza de que com o remédio chamado tempo, tudo se esclarece, amadurece, fica firme e ensina!

A luta continua, com a certeza que a verdade sempre vence!

obs.: Escrito às pressas e por isso para algumas pessoas pode não fazer sentido, mas lembre-se, EU GOSTO MESMO É DAS ENTRELINHAS!