quinta-feira, 30 de junho de 2011

Você na minha vida




"E agora todas as coisas do passado não passam de recordações presentes. De momentos que por muito tempo ainda vão estar na alegria ou na tristeza, toda vez que eu me lembrar que você foi o meu sorriso de chegada e a minha lágrima de adeus."


Obs.: Passado um mês da despedida da minha referência de força, coragem e amor eis-me aqui tentando falar, compartilhar e até mesmo explicar toda dor que me toma. Justo eu que muitas vezes pedi aos céus que o sofrimento da minha guerreira acabasse, hoje daria tudo para ver esse sorriso, quase sempre contido, mais uma vez.
Falar de dona Clélia é falar de bons exemplos de esforço, coragem e resistência. Mas se engana quem pensa que essa personalidade era só razão, afinal, era da emoção e do amor que ela tirava motivação para todos os adjetivos que a descreveram anteriormente...

É impossível descrever minha história de vida, sem falar da participação da vó Clélia... Mesmo morando em Campo Grande, sempre tive a presença dela muito forte desde minha infância. Nem os quase 3000 km que nos separavam eram capazes de fazer com que a gente não tivesse uma relação forte. E é por isso que cada vez que olhar meu álbum de formatura da alfabetização verei meu sorriso por estar usando o vestido que ela fez, para que eu fosse a formanda mais linda, como ela queria. Da mesma forma cada vez que tiver um cachorro, vou lembrar que ela me enganava dizendo que batia no rex enquanto eu estava na escola, só para me ver irritada. Cada vez que jogar baralho, vou lembrar de ouvi-lá dizendo que não jogava porque meu avô gostava de passá-la para traz no placar. Até mesmo agora escrevendo esses texto, me recordo quando ela dizia que estava usando o meu computador só para ver minha cara de espanto... Vários momentos, várias alegrias no passado e hoje, tudo isso dói demais... E como é impossível falar de mim sem recordar dela, é difícil me acostumar a não tê-la por perto, como sempre foi, me ajudando a construir e continuar essa vida!

Não bastasse tanto sofrer pela perda da minha amada avó, dona Clélia fechou um ciclo de longos três anos de tristeza pela perda de todos os meus queridos avós. Vó Mareinha (2008), Vô Dom Pedro (2009), Vô Maninho (2010) e Vó Clélia (2011) deixam ensinamentos de luta, perseverança, dignidade, honestidade, respeito, carinho, amizade e AMOR!

Saudades eternas!

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