domingo, 28 de fevereiro de 2010

2010!

Bem, embora minha lista de metas para o novo ano, que já nem é mais tão novo assim, esteja em constante construção, já posso me sentir um pouco vitoriosa, afinal, algumas delas já estão sendo cumpridas.

Na verdade estou correndo contra o tempo, pois 2010 apressadinho já está entrando no seu terceiro mês, e eu, não consegui listar só 10 metas, tracei até agora 12 e algumas ainda estão por vir.

Minhas metas gerais são:

1- Fazer alguma atividade física (Já tem data marcada)
2- Aprender a cozinhar (Já estou aprendendo =D)
3- Maior dedicação à militância (Estou conseguindo)
4- Ler e escrever mais (Estou conseguindo [2])
5- Reafirmar algumas relações e a importância delas

Começa aqui a seção "por fazer"

6- Aprender a dirigir
7- Ir a Campo Grande
8- Participar de pesquisa na Universidade
9- Iniciar curso de inglês
10- Fazer algumas provas de concurso
11- Arrumar um emprego (este estou reavaliando por conta do tempo)
12- =x

Felizmente, já consegui cumprir algumas metas, mas as próximas são mais difíceis, então, grandes desafios estão por vir, mas, eu adoro desafios, e por isto talvez, goste tanto de 2010! =)

obs.: Sei que este post foi bem desnecessário, mas estou um pouco sem tempo para divagar sobre coisas mais interessantes, pois a correria para alcançar os objetivos do ano já começou!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Maternidade!



Nunca tive vontade de ser mãe, por me achar imatura e irresponsável demais para enfrentar uma batalha cotidiana que exige empenho, doação e dedicação.
Indiscutivelmente é das maiores graças na vida de uma pessoa, poder ter um filho. Alguém que se espelha em você, depende de você e sente em você um porto seguro. É muita responsabilidade mesmo!
Nos últimos dias, sutilmente este assunto se colocou de diversas formas no meu cotidiano e o Nunca, se tornou um... Talvez.
Cheguei ao ponto de fazer um teste na internet que perguntava:
Você está pronta para ser mãe?
Bom, claro que a resposta é negativa, afinal, agora que comecei a me imaginar um dia como responsável por alguém... Logo eu, tão dependente!
Mas o resultado não foi tão frustrante assim... olha só:

Ainda não
É, pelo visto a maternidade ainda não te seduziu e, sendo assim, ser mãe ainda não está nos seus planos. Mas, ao que tudo indica, quando você estiver preparada vai dar conta do recado direitinho! É isso aí: não é preciso mesmo correr! Para tudo na vida existe um tempo certo. Siga o seu!

Bem de acordo com o que eu penso, embora minha mãe em uma conversa com Rosa confessar que não vê a hora de ter um netinho e que na minha idade já tinha encerrado a fábrica.
Eu é claro, prestando atenção na conversa e gargalhando...
Outro fator constante que tem feito eu mudar de ideia, é o convívio com Gabi, minha quase sobrinha, afinal sua mãe é minha irmã de coração.
Uma criança linda, doce, que vem quase todos os dias alegrar minha tarde, certo que ela já tem quase 2 anos, mas não dá nenhum trabalho, só alegrias!
É interessante perceber as descobertas, o quanto tudo pra ela é novidade, interessante, curioso. Ao mesmo tempo ensina tanto, pois como não fala tudo ainda, consegue se comunicar de outras formas, muito mais expressivas, como um sorriso, um aperto de mão, um olhar, um choro.
Pensava que o meu maior desafio como mãe seria conseguir impôr limites, já que me derreto toda com Gabi, mas ela tem me demonstrado que não é bem assim... Tudo é troca. A criança testa seus limites para conhecer os dela, afinal você se torna referencial.
Mas vou confessar, disso tudo o que mais me deixa com vontade de ser mãe, é aquele sorriso e um abraço apertado que ganho, toda vez que vejo a princesa Gabi, ou o choro e resmungado quando vou embora, nada mais verdadeiro do que o sentimento e a representação dele pelas crianças.

Termino com uma outra grande inspiração para a maternidade... Um trecho da música "Sorrir e cantar como Bahia", dos novos baianos, acho linda e considero umas das maiores demostrações de afeto e carinho entre mãe e filho.

"Mas mar é mar
Correndo tranquilo pela terra
como o som, das águas dizendo
Que mãe só não pode entrar nessa,
muito pelo contrário .
É sofrer e chorar como MARIA
Sorrir e cantar como BAHIA !
E o menino solto como o dia

E aí...
Mãe pode ter e ser bebê
e até pode ser baby também..."

Pois uma mãe também é um bebê, que aprende junto a todo momento! =)

obs.: Hoje é o aniversário de 2 anos do Blog do Rasta /0/ e ele já abordou este tema por lá... Aliás, a postagem "Filhos: Meu maior sonho" está concorrendo entre as melhores do nosso aniversariante! Parabéns! E continue nos fazendo sambar sempre! =D

Vou deixar!

Sabe quando você acorda com uma música na cabeça sem saber porque?
Pois bem, quando isto acontece, logo imagino que é um sinal do nosso incosciente, com alguma resposta ou fórmula mágica para as questões que mais nos afligem no cotidiano.
Hoje acordei com a música "Vou Deixar" do Skank, e com certeza retrata um pouco da ansiedade, curiosidade, ânsia e desejo que estou vivenciando...
Basta observar alguns trechos para entender tudo.

"Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é..."

"Não quero hora pra voltar
Não!
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar..."

"
Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim
Sim!..."

Musiquinha que parece meio boba, quase um plágio de "Deixa a vida me levar", mas que me deu ânimo e disposição, além de pontuar minhas aflições criando perspectivas...
Fala de incentivo, coragem e entrega, tudo que mais quero e preciso para que 2010 continue sendo lindo!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bodas de Felicidade!



Ontem contei aqui brevemente a história de um casal. De forma resumida parece mais uma simples história de amor, mas vai muito além disso...

Então a apresentação dos personagens:

Ele? Um rapaz determinado, corajoso, íntegro e sonhador. A personificação do silêncio, descrição, timidez e respeito.

Ela? Uma moça cheia de sonhos, projetos, imaginação e coragem. A representação da expansividade, comunicação, alegria e caráter.

Opostos? Não!
COMPLEMENTO!

Quando o destino cruzou o caminho deles, nada mais pôde separar. Duas vidas se tornaram uma só, pois os sonhos, as conquistas, as dificuldades, foram todas compartilhadas e vivenciadas juntas.
Juntos enfrentaram corajosamente a batalha de viver em outro estado, outra região do país, sem ninguém para mostrar o caminho, ajudar quando algo dava errado, ou parabenizar pelas conquistas.
Tinham um ao outro e isso bastava. Quando não mais, construíram uma família.
Tiveram duas filhas que educaram com muito esforço.
Conseguiram passar valores imprescindíveis para a formação delas e podem se considerar vitoriosos na construção do caráter das mesmas.

Sou suspeita a falar, mas são meu referencial de casamento, pois existe tudo de mais bonito e inspirador...
Amizade, união, cumplicidade, respeito, amor, companheirismo, admiração, carinho, enfim, um conjunto de adjetivos que cotidianamente fazem toda diferença.
Mesmo depois de 25 anos, as brincadeiras, apelidos, tudo continua, ou melhor, se renova ou fortalece, mas nunca deixa de existir...
Por isso, rotular uma data tão especial como "Bodas de prata" é muito pouco, afinal, a prata não é a maior riqueza que existe, para mim, eles são a principal riqueza do mundo...

Então, prefiro dizer, mesmo que pareça redundante... Feliz Bodas de Felicidade!

obs.: Foto do segundo casamento! Não! Eles nunca se separaram, mas depois de 20 anos se casaram no religioso para fortalecer e renovar o amor. Lindo né?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Respeito!

Bom... Começo o post contando duas histórias bem distintas para tentar explicar a abrangência do sentimento abordado hoje...

A primeira:

"Era uma vez um jovem, que se apaixonou por uma garota sete anos mais nova que ele. Por muito tempo carregou aquele sentimento, admirando-a de longe.
Certo dia, ele foi embora de seu estado de origem em busca de um futuro melhor. Lá conseguiu terminar os estudos e garantir um bom emprego, que lhe assegurava estabilidade e alguns benefícios.
Em uma das férias, quando foi visitar sua família conheceu a tal garota por quem era apaixonado. Resultado? Os dois começaram a namorar e mantiveram contato por carta durante o ano todo, até que o próximo encontro chegasse.
Nestas cartas, além das juras de amor, existiu um combinado, de que nas próximas férias, o rapaz a visitaria e lhe levaria embora com ele, como esposa.
E assim foi feito... Os dois se casaram e voltaram juntos para a terra que ele havia escolhido para viver.Lá foram muito felizes, construíram muitas coisas juntos, inclusive uma família, já que tiveram duas filhas.
25 anos se passaram e o casal continua junto e feliz!"
O segredo? Sim, é aí que entra o título do post.

A segunda:

"Era uma vez uma garota que adorava o silêncio, às vezes pelo próprio silêncio, mas em outros momentos por querer ler, dormir, enfim, exercer alguma atividade que exigia um ambiente tranquilo.
Esta menina, porém, talvez por muito gostar do silêncio não conseguia expressar suas vontades e sentimentos, e acabava sendo invadida.
Certo dia acordou com um barulho enorme, percebeu que era seu vizinho com o som muito alto, tão alto que ela nem conseguia identificar a música que era reproduzida ali. Não teve dúvidas, o melhor invento da humanidade naquele momento era o fone de ouvido! Este episódio, não aconteceu de forma isolada, pois diversas vezes, a menina procurou o silêncio e não o encontrou, pois havia sempre alguém disposto a gritar, falar alto ou ouvir música."
Esta história diferentemente da outra não teve um final feliz pela ausência de que? Sim, é aí que entra o título do post. [2]

Bem... Recorrendo à Wikipédia, temos a seguinte definição para respeito:

"É o apreço por, ou o sentido do valor e excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. Em certos aspectos, o respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio, tal como no conceito habitualmente ensinado de "[ter] respeito pelos outros" ou a Ética da reciprocidade."

Apesar de ser coerente a definição e realmente ser tudo isso, o respeito representa muito mais.
De forma bem ilustrativa, tentei descrever duas situações que explicitassem a importância deste sentimento.

A primeira história define um pouco do que penso. Sei que um relacionamento não se solidifica por conta apenas de um sentimento, mas sei que é o principal para esta construção.
Apesar de muita gente dizer que a base de um relacionamento é a admiração, o amor e o respeito, teimo em dizer que o respeito é o eixo principal do tripé, afinal, já vi muito casamento resistir à falta de amor ou de admiração, mas nunca à falta de respeito.
Assim foi com a primeira história e tornaria diferente o desfecho da segunda .

A segunda história já mostra outro lado do respeito que tem a ver com tolerância, limites coletivos, consciência, etc.

E assim é o respeito, um sentimento de diversos significados e sentidos, difícil de explicar, mas de fácil compreensão, enfim, um sentimento mais que necessário para toda e qualquer relação.

Obs.1: Tão difícil definir que não encontrei uma foto adequada para “respeito”.

Obs.2: A primeira história não é para boi dormir, é uma pequena homenagem ao meu casal preferido que amanhã comemora “bodas de prata”. Parabéns!

Obs.3: Duvido que alguém descubra quem é a menina da segunda história, hehehe!

Tatoo!



Muitas são as dúvidas e questionamentos a respeito da minha querida tatuagem.
Quase sempre associam a mesma com um movimento "anti-cristo", pois lembra uma cruz de cabeça para baixo, mas não tem nada a ver com isto.

O símbolo que foi massificado pelo movimento hippie na década de 70, foi criado momentos antes pelo 'designer' Gerald Hortom numa campanha em Londres concretizada em uma marcha a favor do desarmamento nuclear.

O desenho que foi criado em 1958 representa um homem com os braços abertos dentro de um círculo em atitude de desespero. De cabeça para baixo, o novo logotipo foi usado sem diretos do autor para que assim pudesse ser reproduzido sem problemas. Durante a guerra do Vietnã, o movimento 'Paz e Amor' utilizou-se do símbolo, a ponto de muitos julgarem como tendo sido criado para representar o evento hippie.

Espero que tenha esclarecido pelo menos um pouco o verdadeiro significado do símbolo que já faz parte de mim.
Ultimamente a vontade de fazer mais tatuagens vem se manifestando, estou aberta a novas sugestões que representem um pouco do meu universo que compartilho aqui, quase que cotidianamente.
Lembro apenas que minha paixão por símbolos não é nova, sempre gostei, e quem me conhece sabe que adoro tudo que fica implícito, subentendido, enfim, que desperte um certo mistério e curiosidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Medo!


Sobre o medo...

É um sentimento estranho, misterioso e esporádico. Grande definição, não é? Mas juro que tentei, hehehehe!
Pois bem, reafirmo aqui que não sei e nem gosto de conceituar sentimentos, só sei sentí-los, e isto basta.

Outro dia minha priminha de uns 6 ou 7 anos ficou com os olhos cheios de lágrima porque ouviu a palavra morte. Sendo consolada explicou que sente medo quando o assunto é este.
Parece bobo? Não é!
Aliás se tem uma característica que o medo não possui é imaturidade (embora as vezes nos dê esta impressão), ele não é gerado sem uma explicação, contexto ou história. Como nem todo mundo percebe isto, é um sentimento que gera vergonha.
Aproveito o espaço para confessar, tenho vergonha dos meus medos.

Quando se é criança nossos medos parecem mais objetivos e claros. Morte, barata ou escuro são bem concretos e fáceis de explicar.
Mas... e quando crescemos?
Tirando o medo que tenho de cavalo, porco e rato, todos os outros são difíceis de explicar, afinal já conhecemos mais situações, sensações e sentimentos.
O medo passa a se confundir com ansiedade, angústia ou inquietação. Deixa de ser um simples substantivo para se tornar diversos adjetivos.

Termino dizendo que criei tanta tese só para assumir:
Sou medrosa!

E você?

Todo mundo odeia o capitalismo!

Última noite de carnaval, a fome bate
Geladeira vazia, barriga também
Altas horas, um fast food cai bem
O agito incomoda, mas a rua nos faz reféns.

A fome não é só minha, lanchonete cheia
Enquanto todos tapam os olhos, um homem revira a lixeira.

Olhares antes inexistentes se voltam agora para ele
Repúdio e discriminação incoerentes
Afinal, quem é mesmo o doente?

Diz o ditado popular: "O pior cego é aquele que não quer enxergar"
Se o compreendemos, podemos adaptar: "O pior doente é o que não quer se libertar".

Pior que a desigualdade é o conformismo.
Como podem achar isso normal? Não acredito!

Sistema falido! Injusto e cretino
E os loucos somos nós que acreditamos no socialismo?
Só sei que do mal chamado conformismo, nós não sofremos
E saiba, que um mundo melhor é possível, nós sabemos!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Xangai!


Bom, geralmente deixo aqui minha homenagem aos artistas que visitam o Vale do São Francisco para alguma apresentação, desta vez não poderia ser diferente.
No dia 13 de Fevereiro (sábado de carnaval), aqui em Juazeiro recebemos mais uma vez o grande artista Xangai, entretanto foi a primeira vez que tive o prazer de vê-lo tocar, cantar e interagir de forma brilhante com o público.
Certo que ele dispensa comentários, afinal quem conhece o trabalho deste grande artista sabe que ele é digno de elogios, homenagens e afins.
Uma música dele para viajar, admirar, curtir...


Meninos

Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu. . .

No céu da boca da onça é escuro
Não cometa não cometa
Não cometa furo
Pimenta malagueta não é
Pimentão tão, tão, tão. . .

Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato
Gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d’água
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não entre nessa onda
Que a cachoeira é funda
E afunda menino

Não sou tanajura
Mas eu crio asas
Com os vagalumes
Eu quero voar, voar, voar. . .
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
Quando tem luar, luar, luar. . .
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá

Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente conta
Que a gente aponta
Antes de dormir, dormir, dormir. . .
Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir. . .

Os sete anões pequeninos,
Sete corações de meninos
E a alma leve, leve, leve. . .
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve, neve. . .

Não sou tanajura. . .

Composição: Juraildes da Cruz



Esta é uma das músicas mais conhecidas na interpretação do grande Xangai, mas apesar de um pouco "manjada" me lembra muitas coisas boas, pois meu tio cantou para mim de forma muito carinhosa em um dos meus aniversários.
Como é muito calma, bonita e tem uma letra leve, acredito que inspire a todos!

Todo mundo odeia discutir a relação!



Silenciar? Conversar? Discutir? Externar? Guardar? Esquecer? Ceder?

Quando trata-se de relações humanas nunca sabemos a melhor forma de agir, a melhor hora de falar ou calar, afinal não conhecemos os limites do outro e às vezes nem os nossos.
Lendo o
blog do rasta(hehehehe), percebi o que para os outros é bem óbvio... Eu adoro o silêncio!
Mas não adoro simplesmente ficar quieta, adoro descobrir o quanto o que é subentendido por mim é também previsível aos outros.
Parece contraditório, uma estudante de jornalismo e amante da comunicação que não gosta de se expressar oralmente, mas não é! Existem inúmeras formas de comunicação e descobri-lás, é uma tarefa árdua, porém prazeroza.
Nada como um olhar, um sorriso, uma lágrima, uma metáfora que nos deixem sempre um ar de "será que é isso mesmo?", esta dúvida é o que dá graça, é o que nos faz sentir espertos por desvendá-la, ou persistente para tentar descobrir novamente.

obs.1: Brincando com o título para lembrar meu seriado favorito!

obs.2: Apesar de gostar do silêncio, me rendo às novas formas de comunicação:
twitter e formspring.

Ah, de um lado este carnaval, do outro é fome total!

Quando estamos diante de alguma data comemorativa, temos a impressão de que o mundo, os problemas, a vida parou para prestigiar este momento. Apesar de racionalmente sabermos que não é assim, na prática ignoramos o restante do universo para contemplar uma "alegria fabricada".

Passei a pensar muito nisso depois que perdi meu avô em pleno natal, na hora da ceia (que para mim nem existiu), na troca de presentes(que eu nem pude curtir), na hora da troca de carinho, beijos e abraços familiares que foram substituídos por choro, tristeza e lamentação.
Passei a achar menos graça nas datas comemorativas, afinal quantas pessoas realmente tem condições financeiras e emocionais para curtir o carnaval?

Não quero ser a guardiã da moral e dos bons costumes, e nem vou criticar quem curte o carnaval ou qualquer data comemorativa que seja, afinal, eu também o faço, mas acho que algumas reflexões se fazem necessárias.
O carnaval, principal festa caracterizadora da "representação da cultura nacional" não é mais tão fiel assim à representação, afinal, quantos brasileiros podem curtir as principais festas deste período? Infelizmente poucos!
Quantas famílias perdem parentes?
Quantas pessoas continuam sem ter o que comer?
Quantos continuam sofrendo por inúmeras causas?

Enfim, sei que isto acontece sempre, independente de estarmos em meio a festas e datas comemorativas ou não, mas a maneira como as pessoas fecham os olhos nestes períodos é impressionante!
Sugiro apenas que um esforço coletivo se faça para que a realidade, mesmo que dolorosa seja sempre entendida e que nossa felicidade não seja assim, tão condicionada!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Apropriação do Esporte pela Cultura Midiática

A cultura midiática se apropria de diversas realidades para ditar regras, comportamentos, sentidos convenientes para sua manutenção e expansão, e o esporte é mais um alvo desta dinâmica.
Desde que descoberto como uma fonte de publicidade e lucro, os eventos esportivos no Brasil estão sendo amplamente divulgados pela mídia, por isto é tão interessante o estudo destas duas vertentes. Isto explica o aumento de canais de televisão voltados para o esporte, bem como a expectativa em relação à construção de eventos esportivos no país.
Ao passo que os meios de comunicação de massa ampliam suas coberturas esportivas, as considerações técnicas deixam a desejar. A falta de formação dos comentaristas esportivos desqualifica a transmissão dos jogos, isto pode sistematicamente ser explicado pela transformação do esporte em espetáculo, que considera desnecessária uma formação mais técnica para sua abordagem. Um fator decisivo nesta concepção está no fato do jornalista no Brasil não precisar mais de diploma para exercer a profissão, bem como o comentarista esportivo não precisa de conhecimento científico para tratar do tema. O que vemos é um verdadeiro festival de incoerência, visto que quando na mídia é abordado algum tema relacionado à economia, saúde, educação, política, música ou educação os especialistas na área são consultados, entretanto, quando se trata da discussão esportiva, os cinqüenta cursos de pós-graduação de mestrado e os dez cursos de doutorado em Educação Física e Ciências do Esporte são ignorados, já que os formadores de opinião nestes segmentos não são consultados para que uma abordagem técnica e científica seja consolidada.
A conseqüência mais agravante observada é a influência da mídia nas aulas de educação física nas escolas, pois ao passo que os alunos entendem o esporte como um show e os professores não possuem a qualificação necessária, as aulas passam a ser uma reprodução do que é transmitido pelos meios de comunicação, sem técnica e teoria que são absolutamente essenciais para a boa formação esportiva de um cidadão.
O esporte no Brasil precisa ser de fato apreciado, estudado e compreendido, para que não comprometa a formação deste segmento nas próximas gerações e nem desconsidere ainda mais suas técnicas e aprendizados, para que ele possa de fato se consolidar na formação dos indivíduos.
Enquanto o esporte for tratado como um show pela cultura midiática e conseqüentemente pela sociedade, ao invés de ser potencializado para o crescimento dos indivíduos e para a formação destes, será apenas mais um segmento social que exerce uma influência distorcida, sem assumir o papel transformador que pode construir para diminuir impactos da desigualdade social.

obs.1: Acabouuuu! =)

obs.2: Sei que este ensaio no blog ficou fora de contexto, mudou drásticamente a sequência lógica das postagens, entretanto, gosto tanto da comunicação que quero compartilhar as construções constantes do curso com os leitores do blog, afinal, bem ou mal, faz parte do meu universo.

obs.3: Espero que tenham gostado e tenham tirado proveito de alguma coisa.

Agenda Setting e o Esporte

O esporte nacional vivencia uma nova etapa, que já se configura como o desencadeamento de um processo. Podemos considerar a realização dos maiores eventos esportivos no país, como os jogos Pan-americanos, a Copa do mundo e as Olimpíadas a ilustração disto, visto que estes acontecimentos envolvem várias questões sociais, políticas e econômicas. Este processo, porém, se constitui de forma delicada, já que o esporte ao invés de exercer influência para a sua prática tornou-se um espetáculo midiático, e até mesmo um produto pronto para o consumo. Esta construção compromete o entendimento social do conceito de esporte e conseqüentemente sua prática.
A mídia brasileira é a grande responsável por esta transformação conceitual do esporte, pois condiciona o espectador através de novas dinâmicas, como a criação de ídolos, a expectativa em torno de resultados dos atletas e dos comentários alheios às técnicas do esporte. Estes fatores favorecem e potencializam a agenda setting e a cultura midiática acerca do esporte.

A capacidade da mídia em influenciar a projeção dos acontecimentos na opinião pública confirma o seu importante papel na figuração da nossa realidade social, isto é, de um pseudo-ambiente, fabricado e montado quase que completamente a partir dos mass mídia (MCCOMBS and SHAW, 1997, citado por TRAQUINA, 2001, p.14).

A agenda setting configura-se como o poder que a mídia possui em pautar os temas que serão discutidos cotidianamente pelas pessoas, mesclando a agenda jornalística e a agenda social, para atender interesses políticos, econômicos, ou da própria mídia. Pode parecer incoerente, visto que este poder de manipulação midiática se constrói dentro da idéia superada da Agulha Hipodérmica, onde o emissor é totalmente vazio, ou seja, de fácil influência ou manipulação, e o meio de comunicação emissor totalmente poderoso. Entretanto, se observarmos algumas questões práticas conseguiremos compreender esta lógica midiática de influência direta no cotidiano popular. Um exemplo clássico é o agendamento dos jogos de futebol em horários de maior audiência, com o intuito de abranger o maior número de telespectadores, para que estes se organizem para assistir os jogos e o considere parte integrante de seu cotidiano.

obs.1: Penúltima parte do ensaio! Está acabando! uhuuu! \0/

obs.2: Gente, me informe se estiver muito ruim, afinal, vale nota. hehehe

obs.3: Prometo que postarei coisas mais interessantes quando este tormento chamado ensaio de mídia e cultura acabar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Conceituando Cultura Midiática

O estudo da cultura sempre foi alvo de pesquisadores, pois desvenda uma série de comportamentos e valores sociais. Assim como a comunicação e a linguagem, a cultura passou por vários conceitos. O que podemos citar primeiramente é o humanista, que qualifica e divide a cultura em níveis, ou seja, só é considerado elemento cultural aquilo que possui um embasamento teórico dentro do contexto técnico ou social. Outro conceito de cultura é o antropológico, que diferentemente do humanista não divide, nem qualifica a cultura, pois evita cair na observação dos valores, para não tornar o conceito etnocêntrico. Outro conceito e talvez o mais complexo que podemos analisar é o da cultura midiática, pois os meios de comunicação de massa adquiriram um poder e um valor muito grande na população da sociedade contemporânea. Isto explica a quantidade de propagandas nestes meios, bem como os interesses políticos, econômicos e ideológicos que os rodeiam. A televisão, por exemplo, substitui a interação entre as pessoas e reforça a idéia do egoísmo. Vários comportamentos sociais podem ser compreendidos se analisarmos estes veículos, o consumismo e até mesmo o comodismo, bem como a educação familiar e escolar que passam a serem reféns dos meios de comunicação de massa.

A cultura tende a ser padronizada. Ela envolve a repetição de comportamentos similares aprovados pelo grupo, de modo que ela tem uma forma e estrutura reconhecível. Se os indivíduos ajustam seu comportamento através do tempo de acordo com o padrão aprovado, a cultura permanece estável. Além disso, subjacente a todas as culturas, há padrões gerais ou universais que se expressam em categorias tais como atividade econômica, religião, arte e linguagem (SANTAELLA, 2003, p. 44).


Como podemos perceber, a cultura influencia a linguagem e conseqüentemente os meios de comunicação. A relação da mídia com o público torna-se cada vez mais próxima e a tendência da televisão digital com mais interatividade e qualidade ilustra isto e, entretanto nem sempre se configuram de forma positiva, visto que os meios de comunicação de massa transmitem a idéia de verdade absoluta, ou seja, o que é transmitido torna-se padrão, tanto de roupas, comportamentos, ou visões políticas, e isto faz da população um alvo fácil de manipulação.
Dessa forma, a cultura na lógica midiática se configura num processo empresarial, de produção, distribuição, comercialização e lucro, esvaziando-se do sentido utilitário e voltando-se para o supérfluo. Estamos assim localizados em um verdadeiro espetáculo midiático.
Dentre diversas observações a respeito da cultura, podemos admiti-la como conseqüência de fatores, como a descrição, narração, psicologia, estrutura, genética e a história, por isto precisamos entendê-la como algo transitório e heterogêneo que influencia a comunicação, a informação e conseqüentemente seus meios.


obs.1: Continuação do ensaio.

obs.2: Esta sequencia de textos é meio chata, mas constitui uma pequena aula de conceitos da comunicação.

obs.3: Aproveite e leia mesmo que ache longo, afinal, produção intelectual no meu blog, não é todo dia, hehehehe...

As Idades da Linguagem

Os meios de comunicação, principalmente os de massa estão diretamente ligados à evolução da linguagem, e podem ser divididas em três partes, chamadas de idades da linguagem.
Na primeira idade, temos a oralidade e a escrita como representantes, e isto explica porque o principal meio de comunicação até então era o jornal impresso, o que limitava a abrangência, já que o código (escrita) era privilégio de poucos e exigia um conhecimento prévio, no caso a alfabetização.
Na segunda idade da linguagem surge a valorização da imagem, bem como tecnologias para sua captação e reprodução. A fotografia (imagem fixa), além de uma forma de comunicação, significa a documentação de um determinado momento. Em seguida surgiu o cinema (imagem móvel), que além de revolucionar o entretenimento, incentivou produções artísticas. Por fim, ainda na segunda idade da linguagem, a televisão surgiu e se consolidou como o principal meio de comunicação de massa, isto porque a idéia de temporalidade permite maior dinamismo entre a população e o emissor da idéia.
Na terceira idade, constrói-se uma relação entre a escrita e a imagem, trata-se da multimídia, que digitaliza a construção da comunicação e consolida a interatividade do entendimento e seus meios.
Apesar de a última idade revolucionar a interatividade e dinamismo dentro da comunicação, a popularidade da televisão continua sendo fator determinante na intermediação da cultura midiática e da agenda setting, na construção do esporte espetáculo, vendido por este meio de comunicação de massa.

Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, relativos a 2006, a televisão está presente em 93% dos domicílios brasileiros, sendo a mídia mais utilizada, com importante participação no cotidiano da sociedade brasileira. Por isso, ela acaba sendo também a mídia mais poderosa na disseminação de informações, responsável por mais de 80% daquilo que é discutido nos mais diversos espaços sociais (segundo GUARESCHI, 1998, apud LISBOA, 2004).

Neste sentido, a televisão mantém-se na posição de meio de comunicação de massa mais popular, e para que isto não mude, busca constantemente aperfeiçoar seus mecanismos, como é o caso da televisão digital, que surge com o argumento de que a interatividade da mesma é tão verdadeira quanto à de um computador.

obs.1: Este texto tem a finalidade de esclarecer um pouco da evolução dos meios de comunicação de massa e contextualizar a discussão inicial do ensaio em construção da disciplina de Mídia e Cultura.

obs.2: É um pouco técnico demais, queria adaptá-lo para publicar no blog, mas fiquei alguns dias sem internet e acabei me ocupando com outras coisas.

obs.3: Continuarei postando mais partes do ensaio para que o entendimento seja mais completo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Metade Bahia, metade Mato Grosso do Sul...







Certo dia, fui questionada sobre o amor que sentia pela Bahia e pelo Mato Grosso do Sul, em um sentido comparativo. Como dificilmente acontece, me vi sem resposta para uma pergunta simples.
Nunca gostei de comparar sentimentos, sou da opinião de que sentimento simplesmente se sente, e pronto! E mesmo que isso pareça redundante e imaturo, é o que ainda acho.
Resolvi, responder o que meu coração informava naquele momento, e rapidamente disse que amava os dois lugares, com a mesma intensidade, porém de forma diferente.

Um lugar traz minha história, minha verdadeira raiz.
O outro, traz minha formação, meu crescimento...


A Bahia, é a terra mais acolhedora que já conheci.
É dona de um calor incomparável, e não me refiro só ao calor climático, mas principalmente ao calor humano, que aqui é encantador.
Onde construí amigos verdadeiros e eternos com uma rapidez incrível.
Onde posso sair e de perto ver o Velho Chico, lindo, com o Nego d’Água protegendo a correnteza e concretizando as lendas .
Lugar que é considerado a “metáfora do Brasil”, pelos contrastes sociais, mais evidentes. E que em contrapartida tem uma cultura maravilhosa...
Do acarajé ao forró,
Da capoeira ao carnaval,
Terra em que o sol é mais vibrante..
E que consegue aquecer muito mais que a pele, mas o coração dos que aqui chegam.

O Mato Grosso do Sul, é a minha terra, o lugar onde nasci e que agora descobri amar incondicionalmente.
Onde tenho liberdade de andar pelas ruas sem medo de me perder.
Lugar de uma cultura, também muito rica e que não deixa a desejar...
Do índio ao pantaneiro,
Do churrasco ao tereré,
Lugar onde me sinto em paz espiritual, protegida por meus amigos(superprotetores diga-se de passagem)...
E por falar em amigos, eles são poucos, mas extremamente relevantes em minha vida, e mesmo distantes me dão suporte, quando o chão me falta.
Sinto saudade do tereré de sábado à tarde...
Das risadas bobas ao telefone pela madrugada...
Das visitas inusitadas,
Dos programas não-programados de fim de semana,
Do ar tranqüilo do Parque das Nações Indígenas que nos leva a inspirar paz e expirar a tristeza,
Do astral calmo de Campo Grande, com jeitinho de interior,
Do cheiro da chuva, que termina em tempestade...

...Agora distante, percebo o quanto amo este lugar, que eu criticava muitas vezes, mas que hoje me arranca várias lágrimas de saudade...

Por tudo isto, é injusto da minha parte comparar lugares e sentimentos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes...
Pensando sobre isto descobri que os dois lugares são fundamentais para mim e se completam...

Quando estou em Campo Grande, quero estar em Juazeiro,
Quando estou em Juazeiro, quero estar em Campo Grande,
E para resolver esta questão desenvolvi uma solução,
Enquanto uma está na mente a outra está no coração.


obs.1: Texto escrito no primeiro ano morando longe de Campo Grande. Mesmo assim consegue retratar bem a constante saudade da querida terrinha.

obs.2: Sofreu algumas adaptações pequenas para deixar mais evidente o contexto. Entretanto manteve o título original, mesmo eu considerando feio, pois não se trata de uma divisão sistemática, mas de sentimentos, sensações e emoções.

obs.3: É nostálgico, mas não tem relação direta com tristeza, só saudade, e isso faz muita diferença.

obs.4: Em tempo de férias e ociosidade, as lembranças ficam fortes.