segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Autores do Vale do São Francisco aumentam o número de publicações literárias e reafirmam a efervescência cultural da região

Entrevista concedida pelo escritor Fábio Souza para falar

sobre o lançamento do seu primeiro livro, Peregrinação Interior: Transcendência

(Foto: Geraldo José)


Embora possua poucos espaços de leitura como livrarias e bibliotecas, o Vale do São Francisco tem demonstrado forte potencial literário. A cena cultural resiste ao pouco incentivo e investimento do poder público, uma demonstração disto, são as produções literárias de autores da região que vem se fortalecendo a cada dia, nos mais diversos estilos e ambientes.

No último mês, o escritor soteropolitano que mora atualmente em Petrolina (PE), Fábio Souza lançou o livro Peregrinação Interior: Transcendência. Publicado pela Editora Giz, a obra conta a história do jovem Ailon, que sai de casa e faz uma viagem em direção a si mesmo, consolidando uma autodescoberta. O autor que também é psicanalista e pedagogo escreveu seu primeiro romance com o intuito de construir uma identificação entre seu personagem e seus leitores. “Eu queria escrever um livro onde as pessoas pudessem se identificar e que pudessem ver nos personagens a sua própria historia”, conta Fábio.

Segundo o autor, a obra não se enquadra em nenhuma modalidade específica, e isto para ele é uma vantagem, já que o livro cria maiores possibilidades e maior diversidade de público. Ele classifica seu livro como um apanhado de estilos como auto-ajuda, romance, prosa poética, prosa realista e até literatura fantástica. A maior dificuldade, não está em delinear um estilo para a obra, e sim encarar o preconceito quanto à publicação de obras de artistas nordestinos por editoras nacionais. "Este livro foi escrito em 2001 e eu só consegui lança-lo agora em 2011. E o livro é tão agora como antes, então por que não foi lançado antes?" questiona.


Outra dificuldade está na falta de espaços de leitura para a criação de um ambiente cultural na região. Porém Fábio de Souza acredita que a imprensa cumpre papel decisivo neste sentido, pois é ela que vai valorizar e divulgar a crescente produção literária dos autores da região.
Um outro autor que desponta no cenário regional é o repentista e radialista Valdir Lemos, que embora tenha começado a escrever aos 12 anos, só agora vislumbra a possibilidade de lançar seu primeiro livro. Previsto para novembro, o lançamento da obra deve sintetizar toda sua experiência, narrando a história do artista sem sotaque ou rima, mas com muita poesia.

O autor que vem de uma vertente que mistura rima, música e poesia, o repente, tem como principais fontes de inspiração, o amor, a mulher e a natureza. São estes temas que guiam suas produções. Outro fator de incentivo é a própria organização do trabalho do repentista através de valorização e divulgação. Por isto, Valdir participa de palestras, minicursos e promove festivais como o segundo Festival de Repentistas do Território do São Francisco, realizado em Juazeiro. “A cultura precisa de apoio porque também é uma forma de educar”, acredita o artista.

Pensando desta forma, o artista já apresentou um programa de rádio com o intuito de cada vez mais levar a cultura do Vale do São Francisco para o mundo e mostrar que a região não é um berço cultural apenas na música e no teatro, mas também na literatura.

domingo, 25 de setembro de 2011

Para iluminar a semana




"Ainda vejo o mundo com os olhos de criança que só quer brincar e não tanta responsa"

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

7 de Setembro


Na manhã de hoje superei febre, mal estar e fui às ruas, não como nos anos anteriores, quando levantava cedo para organizar alguma atividade no grito dos excluídos, nem para fazer uma cobertura jornalística, hoje, através da desculpa da saúde limitada me permiti ir ao desfile observar... Só e apenas observar.

Com olhos de pessoa apaixonada deixei a sensibilidade me tomar e num leve exercício supervalorizei as subjetividades, mas que engano o meu, diante desta imagem, não precisa muita reflexão, ou sequer esforço para sentir orgulho da juventude que ao invés de reclamar ou lamentar os erros históricos do nosso passado, consegue vislumbrar um futuro melhor partindo de si para o mundo.