quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Agenda Setting e o Esporte

O esporte nacional vivencia uma nova etapa, que já se configura como o desencadeamento de um processo. Podemos considerar a realização dos maiores eventos esportivos no país, como os jogos Pan-americanos, a Copa do mundo e as Olimpíadas a ilustração disto, visto que estes acontecimentos envolvem várias questões sociais, políticas e econômicas. Este processo, porém, se constitui de forma delicada, já que o esporte ao invés de exercer influência para a sua prática tornou-se um espetáculo midiático, e até mesmo um produto pronto para o consumo. Esta construção compromete o entendimento social do conceito de esporte e conseqüentemente sua prática.
A mídia brasileira é a grande responsável por esta transformação conceitual do esporte, pois condiciona o espectador através de novas dinâmicas, como a criação de ídolos, a expectativa em torno de resultados dos atletas e dos comentários alheios às técnicas do esporte. Estes fatores favorecem e potencializam a agenda setting e a cultura midiática acerca do esporte.

A capacidade da mídia em influenciar a projeção dos acontecimentos na opinião pública confirma o seu importante papel na figuração da nossa realidade social, isto é, de um pseudo-ambiente, fabricado e montado quase que completamente a partir dos mass mídia (MCCOMBS and SHAW, 1997, citado por TRAQUINA, 2001, p.14).

A agenda setting configura-se como o poder que a mídia possui em pautar os temas que serão discutidos cotidianamente pelas pessoas, mesclando a agenda jornalística e a agenda social, para atender interesses políticos, econômicos, ou da própria mídia. Pode parecer incoerente, visto que este poder de manipulação midiática se constrói dentro da idéia superada da Agulha Hipodérmica, onde o emissor é totalmente vazio, ou seja, de fácil influência ou manipulação, e o meio de comunicação emissor totalmente poderoso. Entretanto, se observarmos algumas questões práticas conseguiremos compreender esta lógica midiática de influência direta no cotidiano popular. Um exemplo clássico é o agendamento dos jogos de futebol em horários de maior audiência, com o intuito de abranger o maior número de telespectadores, para que estes se organizem para assistir os jogos e o considere parte integrante de seu cotidiano.

obs.1: Penúltima parte do ensaio! Está acabando! uhuuu! \0/

obs.2: Gente, me informe se estiver muito ruim, afinal, vale nota. hehehe

obs.3: Prometo que postarei coisas mais interessantes quando este tormento chamado ensaio de mídia e cultura acabar.

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