segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Educomunicação

Recentemente descobri uma vertente muito interessante no campo da comunicação. A educomunicação.
Parece bem óbvio pensar no jornalismo como canal de difusão da educação informal, mas não é. Bem, pelo menos não da forma conceitual e organizada que deve ser. Prova disso está no fato de eu precisar me inscrever numa oficina para entender esse conceito, ou seja, nas salas de aula não existe espaço para isso.
As conseqüências deste tratamento das mídias alternativas à televisão intensificam um processo cada vez mais comum nas universidades, a ancorização dos estudantes do curso de jornalismo. O interesse demasiado e limitado pelo telejornalismo preocupa. Não estou aqui para condená-lo, de maneira alguma, sei da sua importância, mas acho preocupante que nenhuma discussão que envolva a atuação de um jornalista na transformação social renda. Todos acham que só é possível transformar em grande escala, só dentro de estruturas e sistemas já prontos. E isso me parece bem contraditório.
Estou longe de dizer e pensar que escolhi a profissão de jornalista para mudar o mundo, mas não posso me isentar da responsabilidade de transformar os meios em que atuo e não entendo quem o faz.
E é aí que a educomunicação se fortalece, na formação de indivíduos conscientes nos espaços formais da educação. Para isso existem 5 áreas de atuação:

- Educação para os meios;
- Tecnologias da informação;
- Expansão da comunicação;
- Gestão da comunicação;
- Reflexão epistemológica.

Confesso que ainda conheço pouco da parte teorica dessa vertente que é nova para mim, entretanto já imagino inúmeras possibilidades de aplicar a construção da comunicação de forma coletiva nas escolas para o desenvolvimento do senso crítico na formação cidadã.
Enquanto a ancorização dos futuros profissionais do jornalismo se fortalece nos bancos acadêmicos, sigo buscando alternativas, não de mudar o mundo, mas na maneira de enxergá-lo e reproduzir minha profissão nessa lógica pré-estabelecida mas não definitiva.

Obs.: Turbilhão de idéias, frases soltas, mas uma necessidade gigante de externar. O que é esse espaço se não o compartilhamento de sentimentos né?

Um comentário:

  1. Que bela perspectiva, Amanda!

    Você pode, sim, mudar o mundo a partir do momento em que começa a mudar as pessoas ao seu redor.

    Eu fico todo animado com os seus projetos, seus belos propósitos, tão além do senso-comum e dos clichês.

    Eu ponho muita fé no seu futuro, Amanda.

    É realmente uma maneira que foge do óbvio, que constrói, coisa muito diferente de certos tipos de mídia que vemos por aí.

    Na verdade, Amanda, acho até que você já ininiou esse trabalho, não acha? Aqui a informação passa pela construção, por teses, com muita responsabilidade, visando não somente à informação - muitas vezes manipulada - mas à produção de ideias, instigando a nós, seus ávidos leitores. hehe

    Beijos.

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Vai passar a vez? Essa é a sua jogada.