sábado, 19 de fevereiro de 2011

O fime da minha vida


O filme francês O fabuloso destino de Amélie Poulain conta a história de uma jovem chamada Amélie e seus conflitos psicológicos, conseqüência de uma criação diferenciada. Seu pai era médico e a examinava todos os meses. Por conta da emoção do contato físico com o pai, que era raro, a menina ficava com o coração acelerado e isso o fez acreditar que ela sofria de uma doença cardíaca grave.

A relação com a mãe também era norteada pela profissão dela, pois como era professora, alfabetizou a filha em casa, temendo que ela sofresse agravamento da doença freqüentando a escola. Esse histórico poupou a pequena Amélie do contato com outras crianças, visto que era filha única. A morte repentina da mãe e o pouco contato com outras pessoas fizeram da jovem uma pessoa tímida e introspectiva.

Já adulta, a protagonista torna-se garçonete e mora sozinha. Certo dia, vê sua vida se transformar quando encontrou uma caixa com objetos pessoais de um antigo morador do seu apartamento. Depois de devolvê-la anonimamente percebeu o quanto gestos pequenos como aquele deixava os outros felizes. Passou então a criar mecanismos para construir a felicidade das pessoas que a cercavam a partir de pequenas atitudes, demonstrações e gestos baseada numa nova visão de mundo e num novo sentido para sua vida. Em uma dessas ações, Amélie se apaixona por um rapaz à primeira vista e diferentemente dos atos anteriores, acaba com o anonimato. Além de descobrir as semelhanças com o jovem conhece também um novo sentimento.

O filme coloca reflexões importantes envolvendo a crise da modernidade e a solidão acarretada por ela, pois demonstra que os pequenos gestos e a felicidade dos outros são desconsiderados nessa sociedade. Por isso o filme encanta, afinal consegue a partir de pequenos detalhes e da inocência da protagonista despertar uma sensibilidade amortecida nessa lógica individualista atual. A produção francesa acrescenta muito, inclusive no exercício do jornalismo, que demonstra que perceber sutilezas e subjetividades é fundamental.

Obs.: Retornando aos poucos a escrever nesse querido espaço. Sobre o filme, tenho a impressão de ter sido a última pessoa a assisti-lo, e confesso, me apaixonei. Mas caso eu não tenha sido a última espectadora, super recomendo! hehehe... Ah, vale ressaltar que só é encantador e apaixonante para pessoas sensíveis. =)

2 comentários:

  1. Concordo...
    Com pequenas atitudes ela conseguia melhorar o dia de alguém, na "vida real" também pode ser assim.
    Beijocas Amanda
    =D

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Vai passar a vez? Essa é a sua jogada.