sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Abertura de seminário na UNEB marcou o dia de luta pela democratização da comunicação


Comunicação pra quê? Este é o nome do seminário iniciado na tarde de ontem (18), no Auditório Antônio Carlos Magalhães, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro. Além de batizar o evento, o questionamento norteou as discussões acerca da comunicação no Sertão do São Francisco. A data do evento marcou o dia internacional da luta pela democratização da comunicação, em que debates semelhantes aconteceram em diversos locais do mundo.
Além da democratização da comunicação, temas como comunicação comunitária e popular, direitos humanos, conselhos de comunicação, tecnologia e participação social foram relacionadas ao debate. Para a coordenadora do evento, a professora Gislene Moreira, a participação do indivíduo na produção da comunicação é fundamental para seu desenvolvimento. “A gente faz comunicação para o desenvolvimento das nossas vidas”, avaliou.
Na conferência de abertura, a Diretora do DCH III, Aurilene Rodrigues enfatizou a importância do espaço de debate e o comprometimento da organização para a realização do evento. A jornalista do Fórum de Comunicação do Sertão do São Francisco Érica Daiane iniciou as discussões fazendo um resgate histórico da evolução da comunicação no Vale do São Francisco, ressaltando a importância de pessoas como Dom José Rodrigues neste processo.
A professora da Universidade Metodista de São Paulo Cicília Peruzzo trouxe à discussão a definição ideal da comunicação atual. “É importante a gente conceber a comunicação como um processo mais amplo de organização social. Então, nesse modelo participativo, a luta pelo direito à comunicação se torna mais explicita”, pontuou Cicília.
Já o radialista da região sisaleira da Bahia Edisvânio Nascimento discutiu o papel fiscalizador da comunicação. “A rádio comunitária deve trabalhar junto ao Ministério Público, que é um dos instrumentos que podem fazer com que estes segmentos possam receber denúncias e investigar. A comunidade por si só não pode fazer um processo de justiça, mas ela pode caminhar junto com a justiça”, salientou.
Também esteve presente no debate, a jornalista e representante do Intervozes, Cecília Bezerra, que fez um panorama da comunicação atual a partir de espaços como a primeira Conferência Nacional de Comunicação e sua importância para a organização e sistematização do debate e pautas de reivindicação.
Organizado pelo Colegiado de Comunicação Social Jornalismo em Multimeios, do Departamento de Ciências Humanas (DCH III) da UNEB, em parceria com o Fórum de Comunicação do Sertão do São Francisco, o evento contou com a presença de estudantes e profissionais da área de Comunicação de toda a Região, bem como representantes de organizações independentes e movimentos sociais.
O debate continua hoje (19), a partir das 14h, com a discussão do tema “A comunicação no Sertão do São Francisco: O que temos e o que queremos”, que terá a participação de profissionais de comunicação da Região. Às 16h30, haverá uma homenagem a Dom José Rodrigues, por suas contribuições à comunicação no sertão do São Francisco.

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