sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Novos Baianos.


Desde muito pequena convivo com um mundo musical variado, afinal meu pai, a referência maior em conhecimento nesta área que conheço, escuta desde Pink Floyd a Renato Braz. Aprendi com ele que nunca deve-se julgar um disco pela capa, muito menos pelas músicas de trabalho (ele odeia essa expressão), e é necessário levar em consideração também que as coletâneas não são bons objetos de avaliação, afinal concentram geralmente as músicas mais comerciais.

Enfim, sempre convivi muito de perto com a música por conta do meu pai, ele possui um amor infinito por este universo. Quando morávamos em Campo Grande o programa do sábado pela manhã era ir ao sebo comprar livros e cds e meu pai sempre voltava cheio de novidades. A noite tinhámos um momento sagrado, minha mãe trabalhava no shopping até 22 horas e nós três, eu, pai e Jú (minha irmã) ficávamos na sala de casa esperando ela chegar ao som dos discos de vinil do meu pai, que eram inúmeros. Na verdade ele ficava admirando a música, viajando, enquanto eu e minha irmã brincávamos no tapete da sala de rodar até a música acabar, e embora não soubesse, eu construía ali, como que de brincadeira meu gosto musical.

No início da semana soube através do jornal local que os Novos Baianos estarão aqui em Juazeiro fazendo um show, me parece que comemorativo de aniversário de carreira. Bem, quem falou foi o Gerente da Secretaria de Cultura, e aqui quero puxar o saco do meu camarada que está fazendo um belo trabalho não só na secretaria, mas no conselho municipal de cultura.
Não consigo esconder tanta felicidade, um show dos Novos Baianos, na Orla de Juazeiro, de graça? Me parece um sonho, e a melhor parte é que não é...
obs.: Nada contra os sonhos, mas faço o tipo realista.

A prévia que pude presenciar foi no palco alternativo do carnaval de Juazeiro, Paulinho Boca de Cantor arrasou, e para mim sem dúvidas foi o melhor show do carnaval. Desta vez ele virá novamente, junto com Baby e Galvão (filho da terra).
Lembrando o post anterior tenho medo de chorar no show e passar vergonha, não pelo choro em si, mas ficaria mais conveniente pra um show de sertanejo (hehehe)...
O choro certamente seria de felicidade excessiva, de lembrança da minha infância, afinal, enquanto minhas amiguinhas tinham como disco preferido o lançamento da Xuxa, o meu era este da foto, sempre foi e é meu álbum preferido até hoje.
Quando me perguntam uma música favorita do álbum, não consigo responder, ele é lindo, completo, enfim, incrível.

Gostaria de deixar aqui uma música, que não está presente neste álbum que é o meu favorito, trata-se de Swing de Campo Grande, sei que fala do bairro soteropolitano, mas associo com a minha cidade involuntariamente...

Swing de Campo Grande

Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual
Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual
Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual

Aqueles que têm uma seta
e quatro letras de amor
por isso onde quer que
eu ande em qualquer pedaço
eu faço
um campo grande
um campo grande
um campo grande

Eu não marco toca
eu viro toca
eu viro moita

Sem mais, dia 29, a noite Juazeirense estará mais feliz e colorida. Todos convidados!

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